Peru notifica Interpol em Brasil, Argentina, Paraguai e Chile sobre foragido o325k
Lima, 7 jan (EFE).- As autoridades do Peru notificaram os escritórios de Interpol no Brasil, na Argentina, no Paraguai e no Chile sobre o pedido de captura internacional contra o foragido peruano Martín Belaúnde Lossio, diante de uma possível fuga da Bolívia, informou nesta quarta-feira o procurador Joel Segura.
A notificação da Polícia Internacional pretende impedir a fuga do ex-assessor de campanha do presidente peruano, Ollanta Humala, para os países que fazem fronteira com a Bolívia, declarou Segura horas antes de viajar a La Paz.
Belaúnde Lossio tem uma ordem de prisão preventiva no Peru desde maio, acusado de corrupção em seus negócios com empresas provedoras do Estado e por vínculos com denúncias contra o ex-presidente da região de Ancash, César Álvarez.
O procurador do Estado viajará hoje à Bolívia com o diretor-geral de Direitos Humanos do Ministério da Justiça, Roger Rodríguez Santander; o chefe de Interpol Peru, o coronel da Polícia Luis Bisso, e com funcionários de Migrações e de estrangeiros.
A permanência de Segura na Bolívia se estenderá até o próximo dia 22, segundo a autorização de viagem publicada no diário oficial.
“Nossa função lá é tratar o tema de um ponto estritamente jurídico, este não é um tratamento político”, esclareceu Segura em uma entrevista ao Canal N.
“O que vamos fazer é informar que este senhor no Peru está seguindo um processo com todas as garantias da lei, está submetido a um juiz e um promotor está vendo o caso”, afirmou.
Segura ressaltou que “não há um orçamento de caráter político que possa justificar um pedido como o que está sendo realizado”, em referência à solicitação de refúgio pedida por Belaúnde Lossio.
O procurador disse que o ideal seria que Belaúnde Lossio fosse expulso da Bolívia, se a Comissão Nacional do Refugiado (Conare) rejeitasse seu pedido de refúgio, mas acrescentou que também não deixa de cogitar uma eventual extradição.
Segura explicou que se o ex-assessor sair da Bolívia “não teria nenhuma proteção boliviana, sua situação legal seria outra e teria que fazer gestões com o outro país” para onde for. EFE
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