Busca por veículos importados contraria mercado interno e vendas crescem 95% no primeiro trimestre de 2023 5k1g3k

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Mesmo sofrendo com falta de suprimentos, setor teve 7.625 unidades vendidas no período; demanda tem sido tão alta que os compradores têm enfrentado filas de espera nas concessionárias, de acordo com a Abeifa

  • Por Jornal da Manhã
  • 06/04/2023 13h50
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Divulgação/Volvo Carro branco da Volvo estacionando e abastecendo em um ponto de recarga de bateria Montadoras brasileiras param produção e instauram férias coletivas após desempenho abaixo do esperado na venda de veículos

Na contramão do mercado nacional, as vendas de veículos importados tiveram um crescimento de 95% no primeiro trimestre de 2023, segundo a Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores (Abeifa). A entidade registrou 7.625 unidades vendidas no período. Enquanto as montadoras instaladas no Brasil fecham fábricas pela queda nos emplacamentos, os importadores não conseguem atender a demanda de modelos no país. A busca tem sido tão alta que os compradores têm enfrentado filas de espera nas concessionárias, de acordo com João Oliveira, presidente da Abeifa. “A gente começou muito impactado com a falta de produtos. A pandemia trouxe uma interrupção global nas cadeias de produção. Isso levou muito tempo para começar a se restabelecer. A partir de agora, a gente enxerga já o setor de suprimentos melhorando um pouco. Está chegando uma maior quantidade de veículos no Brasil, o que está ajudando a atender uma demanda reprimida gigantesca. Em alguns produtos, existe uma fila de espera de mais de um ano. Este primeiro trimestre do ano, para nossas marcas de veículos , foi muito bom. A gente teve crescimento de 95% no volume de veículos importados e vendidos e isso está ligado à essa melhora na disponibilidade de produto e no atendimento da demanda reprimida”, afirmou.

O setor acompanha com preocupação a decisão do governo de elevar os impostos para os veículos elétricos. “Hoje, dependendo do tipo de tecnologia e da eficiência energética, os carros híbridos e elétricos têm um imposto de importação que vai de 0% a 7%. A alíquota máxima que o Brasil tem para carros que chegam de fora do Mercosul ou do México é de 35%. Então, a grande discussão com o governo é a qual limite que vai chegar. A Abeifa entende que não deveria ser 35%. Temos defendido uma alíquota máxima de 20%, alinhada com o Mercosul. E outra discussão é em qual cadência a gente vai gradualmente aumentando para chegar a esses 20% máximos, dependendo da tecnologia”, pondera João Oliveira. No ano ado, a venda de carros híbridos e elétricos atingiram recorde de quase 50 mil unidades, um aumento de 41% sobre o registrado em 2021. A expectativa para 2023 é negociar 70 mil veículos híbridos e elétricos.

*Com informações do repórter Marcelo Mattos

 

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