Israel pede que Hamas aceite entre trégua e ‘aniquilação’ enquanto ONU alerta para fome generalizada em Gaza s655g

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Segundo a Coordenação de Assuntos Humanitários das Nações Unidas, o território é ‘o lugar do mundo’ com mais insegurança alimentar, com 100% da população em risco de desnutrição

  • Por Jovem Pan
  • 31/05/2025 07h18 - Atualizado em 31/05/2025 11h43
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Haitham Imad/EFE/EPA Palestinos deslocados internamente aguardam do lado de fora de uma cozinha comunitária para receber porções limitadas de alimento, em meio à escassez de comida, em Khan Younis, sul da Faixa de Gaza, Palestinos deslocados internamente aguardam do lado de fora de uma cozinha comunitária para receber porções limitadas de alimento, em meio à escassez de comida, em Khan Younis, sul da Faixa de Gaza,

Israel intensificou a pressão sobre o Hamas para que aceite a proposta de cessar-fogo apresentada pelos Estados Unidos, sob ameaça de “aniquilação”. O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, declarou que o grupo islâmico deve optar entre aceitar o acordo mediado pelo enviado americano Steve Witkoff ou enfrentar a destruição. A proposta busca garantir a libertação dos reféns ainda mantidos na Faixa de Gaza desde os ataques de outubro de 2023.

Enquanto isso, o presidente americano, Donald Trump, afirmou que um cessar-fogo está “muito próximo” e prometeu atualizações em breve. Apesar da sinalização positiva, o Hamas afirmou que ainda avalia o plano e realiza consultas internas, sem rejeitá-lo totalmente.

No campo militar, Israel prossegue com operações em Gaza, retirando civis das áreas de combate e mantendo ataques aéreos. Segundo a Defesa Civil palestina, ao menos 45 pessoas morreram nesta sexta-feira (30), incluindo sete em Jabaliya. Desde março, quando a ofensiva foi retomada, mais de 4.000 pessoas morreram no enclave. O número total de mortos na guerra já ultraa 54 mil, segundo autoridades de Gaza.

A crise humanitária na Faixa de Gaza se agrava. De acordo com Jens Laerke, porta-voz do Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha), o território é “o lugar do mundo com mais fome”, com 100% da população em risco de desnutrição. Desde a suspensão parcial do bloqueio imposto por Israel, apenas parte da ajuda humanitária chegou ao destino. Bombardeios, insegurança e restrições nas rotas dificultam a entrega dos suprimentos.

Segundo a ONU, um grupo de “indivíduos armados” saqueou nesta sexta “grandes quantidades” de equipamentos médicos e tratamentos nutricionais que haviam acabado de chegar a um hospital de campanha em Deir el-Balah, no centro da Faixa de Gaza. “Hoje, um grupo de indivíduos armados invadiu os depósitos de um hospital de campanha em Deir el-Balah, saqueando grandes quantidades de equipamentos médicos, suprimentos, medicamentos e suplementos nutricionais destinados a crianças desnutridas”, lamentou o porta-voz Stéphane Dujarric, antes de detalhar que essas mercadorias haviam chegado na quinta-feira em caminhões pelo posto fronteiriço de Kerem Shalom.

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Além do conflito em Gaza, Israel anunciou a criação de 22 novos assentamentos na Cisjordânia, medida criticada por líderes internacionais. O Reino Unido considerou a expansão um “obstáculo deliberado” à solução de dois Estados, e o presidente francês, Emmanuel Macron, defendeu o reconhecimento do Estado palestino como uma exigência política. Em resposta, Israel acusou Macron de liderar uma “cruzada contra o Estado judeu”.

*Com informações da AFP
Publicado por Felipe Cerqueira

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