Carolina Greenblat explica seu método de treinar mulheres do mundo corporativo como se fossem atletas de alto rendimento 4p2k4v
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Após 20 anos trabalhando em pesquisa de mercado para gigantes como Unilever e Unibanco, Mulher Positiva desta semana oferece mentorias individuais usando metodologia chamada psicologia de performance

Carolina Greenblat, marqueteira por 20 anos, conta o que a fez fundar uma empresa para mentorar mulheres da mesma forma com a qual atletas profissionais de alto rendimento são treinados. “Chamamos nossas clientes de atletas corporativas. Focamos na gestão de intenção, foco e emoção de nossas profissionais”, explica. Nessa entrevista, Greenblat também conta como superou uma injusta demissão após episódio de abuso moral e machismo. “Além de raiva, senti muita fragilidade e senso de falta de poder e justiça, mas me impulsionou a continuar minha busca por um caminho que incluísse saúde e bem-estar mental no trabalho.”
1. Como começou a sua carreira? Comecei buscando conciliar minha formação em psicologia com minha paixão por negócios e resultados, indo trabalhar numa área chamada conhecimento de consumidor (ou pesquisa de mercado). Primeiro, no Unibanco e, logo em seguida, na Unilever. E uma série de empresas onde aprendi muito. A ideia era entender interesses humanos e jornadas de consumo para desenvolvimento de novos produtos e serviços para essas empresas.
2. Como é formatado o seu modelo de negócios? Meu trabalho hoje, com meu regresso à psicologia, agora com experiência de mais de 20 anos no mundo corporativo, é contribuir para desenvolvimento de carreiras corporativas (mulheres em qualquer estágio de suas carreiras) via mentorias individuais, com uma metodologia usando psicologia de performance. A diferenciação da psicologia de performance está nos conceitos de gestão de energia humana/gestão de emoção, força mental e intenção, para que possamos aprender a trabalhar com mais foco e engajamento, mesmo quando as distrações existem. Como fazem os atletas de primeira linha, por isso chamamos nossas clientes de atletas corporativas.
3. Qual foi o momento mais difícil da sua carreira? Ter sido demitida, após uma situação de abuso moral e machismo. Além de raiva, senti muita fragilidade e senso de falta de poder e justiça, mas me impulsionou a continuar minha busca por um caminho que incluísse saúde e bem-estar mental no trabalho.
4. Como você consegue equilibrar sua vida pessoal x vida corporativa/empreendedora? Tentando deixar claro para mim mesma que não vou conseguir perfeição. Negociando e tendo clareza de minhas prioridades em momentos chaves.
5. Qual seu maior sonho? Que minha filha e meninas de futuras gerações possam mesmo serem o que quiserem — que isso não seja apenas uma frase de efeito e que meus filhos sejam parte de uma geração feliz e independente.
6. Qual sua maior conquista? Respeito e confiança conquistados em todos (menos um) ambientes de trabalho pelos quais ei e ter batalhado e conquistado uma carreira internacional (dez anos nos Estados Unidos).
7. Livro, filme e mulher que ira. Livro: “O Último Judeu”, de Noah Gordon. Filme? São tantos… Recentemente gostei de “Pantera Negra”. Mulher: Michelle Obama. Ela me inspira, especialmente pelo senso que devemos ter “ownership” (“sentimento de dono”) de nosso presente e futuro. Uma das frases delas que gosto muito é simples assim: “Sua história é o que você tem, o que você sempre terá. É algo que você deve apropriar-se”.
*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.
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