Deputados vistoriam complexo da Papuda e avaliam condições de presos nos atos de 8 de janeiro 4h534z

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Grupo de parlamentares visitará o Complexo da Colmeia, que abriga as detentas femininas; suspeitos de envolvimento na invasão da praça dos Três Poderes são mantidos em área reservada

  • Por Jovem Pan
  • 10/03/2023 08h40 - Atualizado em 10/03/2023 16h30
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Jovem Pan News Deputados visitando Papuda Coronel Telhada, Helio Lopes e Sanderson visitaram instalações da Papuda

Três deputados federais estiveram nesta quinta-feira, 9, visitando o Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, onde 481 homens seguem presos suspeitos de participarem das invasões às sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro. A visita teve o objetivo de inspecionar as condições dos presos e a estrutura do presídio. Segundo o deputado Sanderson (PL-RS), os detidos estão em uma ala separada dos condenados, em celas que comportam de 12 a 13 homens, tendo quatro beliches cada, fazendo com que eles se revezem, já que alguns dormem nos chão. A maior reclamação dos detentos é em relação à comida. “Tive o a uma quentinha sem a menor condição de higiene, porque a comida não é feita no presídio, é uma empresa terceirizada que leva todos os dias. Não tem condição de ser ingerida. O jantar é a mesma coisa”, relata Sanderson. Além dele, os deputados Coronel Telhada (PP-SP) e Hélio Lopes (PL-RJ) também visitaram o local. O deputado relata que a precariedade na alimentação e a dificuldade de contatar a família, já que apenas 26 detidos são da cidade, tem tornado o clima dentro da prisão mais tenso, com muitos se submetendo a tratamento psiquiátrico. Nesta sexta-feira, 10, os deputados devem visitar a Colmeia, complexo penitenciário feminino, onde também será feita uma inspeção do local. “Nós temos feito relatos oficiais e encaminhado ao MPF, à PGR e estamos também colhendo esses dados todos para que, na I que virá, nós usarmos de lastro, de subsídio para a I que, certamente, terá como desdobramento as condições dos presos”, disse Sanderson.

Durante encontro com a governadora em exercício do DF, Celina Leão, para entrega de obras de ampliação do 6º Batalhão da PM, responsável pela segurança da Esplanada, Arthur Lira disse que os atos não irão se repetir. “O que mais me chocou no dia 8 é que a Câmara, assim como o Senado, o Congresso, nunca fechou as portas para a população do Brasil. Espero que a gente tenha a civilidade de saber fazer movimentos pacíficos. Nós podemos e devemos contestar e exigir nossos direitos, mas o dia 8 nunca mais vai acontecer no Brasil, porque o país aprendeu, de maneira mais fácil ou mais dura para alguns, que a nossa democracia permanece atenta, alerta e em pé”, disse Lira. Ao todo, 1.406 pessoas, entre homens e mulheres, foram presos entre os dias 8 e 9 de janeiro. Até o momento, 436 homens tiveram o benefício da liberdade provisória, mas seguem monitorados e respondendo ao processo. No presídio feminino, das 489 detidas, 82 seguem presas.

Confira reportagem na íntegra: 602912

*Com informações da repórter Berenice Leite 

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